Ana de Armas diz que "Blonde" não foi feito para agradar a todos - Reprodução: Netflix
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Ana de Armas diz que "Blonde" não foi feito para agradar a todos

Atriz falou sobre os comentários negativos que o filme recebeu pelo modo como retratou Marilyn Monroe

FERNANDA AZEVEDO | @fenovello Publicado em 02/03/2023, às 15h44

Ana de Armas ("Entre Facas e Segredos") falou recentemente sobre as críticas que "Blonde", cinebiografia de Marilyn Monroe, produzida pela Netflix, sofreu em razão da forma que determinados momentos da vida da atriz foram retratados.

Dirigido e escrito por Andrew Dominik ("O Homem da Máfia"), o filme baseada no livro de Joyce Carol Oates, conta a história de vida Monroe, passando por momentos que vão desde sua ascensão a fama até sua trágica morte.

O filme que foi ovacionado no Festival Internacional de Cinema de Veneza e rendeu a Ana De Armas, sua primeira indicação ao Oscar 2023 na categoria de melhor atriz, no entanto, começou a ser questionado sobre as as liberdades criativas que tomou com a história de Monroe, incluindo cenas de agressão sexual e violência explícita.

Vale lembrar, também, que o diretor Andrew Dominik se envolveu em grandes polêmicas ao dizer que as personagens dos filmes da estrela de Hollywood eram "p*tas bem-vestidas". O que ocasionou mais cometários negativos sobre o longa.

Em entrevista exclusiva para o The Hollywood Reporter, a atriz disse que "Blonde" nunca teve o objetivo de trazer uma imagem negativa sobre a atriz. "Não acho que o filme fale mal dela nem um pouco. Eu acho que é o oposto. Acho que fala mal do meio ambiente e da indústria, e às vezes é uma pílula difícil de engolir para outras pessoas no ramo", disse a atriz.

"Eu sinto que o filme também faz o público se sentir como participantes. Contribuímos na época, e ainda contribuímos, na exploração de atores, pessoas sob os olhos do público. Nós, o público, fazemos isso. E eu sinto que é possível que algumas pessoas tenham sentido que [alguém] apontou o dedo para [eles]", continou.

A atriz também revelou que é sempre duro ouvir esses tipos de reações, mas que é importante refletir sobre o que você aprendeu com aquele personagem para entender o porque quis fazer parte de um determinado projeto.

"Quando estreamos o filme em Veneza, ou San Sebastián, [a reação foi muito mais calorosa do que a recepção nos Estados Unidos]. Claro, a reação que chama mais atenção é a dos Estados Unidos, mas essa não foi toda a experiência. É difícil ouvir essas reações, mas você sempre pode voltar ao que viveu, por que fez isso e os motivos pelos quais se sentiu atraído pelo projeto. Isso não vai mudar", revelou.

"Você tem o diretor e outros atores com quem sempre pode conversar. Por mais difícil que seja ouvir quando as pessoas não gostam do seu filme, é o que é. Não foi um filme que foi feito para agradar as pessoas ou para fazer as pessoas gostarem. É um filme difícil de assistir", concluiu.

"Blonde" já se encontra disponível na Netflix.


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