"Minha Avó Era Palhaço!" vai ao ar no dia 2 de setembro, quinta, às 19h
ANGELO CORDEIRO | @ANGELOCINEFILO Publicado em 26/08/2021, às 16h27 - Atualizado às 16h29
A neta Mariana Gabriel conta que cresceu ouvindo histórias sobre o tempo de sua avó no circo e, por isso, também sonha em ser palhaço. “São memórias que não saem da minha cabeça e que carrego com os meus guardados mais preciosos”, comenta. No documentário, essas lembranças também vão construindo a história de Maria Eliza por meio de depoimentos da família, de representantes do circo e de especialistas.
"Minha Avó era Palhaço!" destaca a influência dos negros no espetáculo circense e o preconceito que sofriam nesse meio. Daise Gabriel, filha de Xamego, fala que seu avô João Alves era o único negro em um seleto grupo de proprietários brancos. Entretanto e felizmente, era respeitado e reconhecido. O machismo também predominava na época.
Segundo a historiadora Ermínia Silva, o termo palhaça nem existia. “Palhaço era coisa de homem”, afirma. “O feminino de palhaço só vai existir após o surgimento das escolas de circo, no final da década de 1970 e começo de 1980”, afirma Ermínia. Seria esse o motivo de Maria Eliza ser um palhaço? Tabajara Pimenta, o homem-foca, acredita que não. “Era ela que fazia questão de não divulgar, penso eu”.
Além de mostrar o momento no qual Maria Eliza resolveu ser palhaço, o documentário aborda também sua participação na Caravana do Peru que Fala, do apresentador Silvio Santos; e os momentos de crise do Circo Guarany.
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