Em meio às acusações de perturbação durante a pandemia e apropriação cultural em “Avatar”, James Cameron fala sobre o assunto em entrevista. - Reprodução/20th Century Studios
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Por que “Avatar: O Caminho da Água” é odiado na Nova Zelândia?

Em meio às acusações de perturbação durante a pandemia e apropriação cultural em “Avatar”, James Cameron fala sobre o assunto em entrevista. Confira!

Redação Publicado em 31/01/2023, às 15h00

“Avatar: O Caminho da Água” é uma das provas de que James Cameron sabe fazer sucesso em qualquer década, não importa como. O filme vem sendo sucesso de bilheteria, e já ultrapassou grandes títulos da indústria como “Vingadores: Guerra Infinita”, da Marvel. 

Muitos não sabem, mas a Nova Zelândia é um dos locais de gravação da franquia, porém, o que é um tremendo sucesso pelo planeta, não é tão querido entre boa parte da população do país. Com a economia local crescendo e ganhando rios de dinheiro com a locação de Cameron e sua equipe, nem todos os residentes do país da Oceania parecem estar felizes com o longa-metragem.

Além de receber fortes críticas por apropriação cultural por parte da comunidade indígena local, “Avatar” está sendo acusado de glorificar o colonialismo e o genocídio. Ao The Washington Post, o morador de Christchurch, Cheney Poole criticou o enredo do filme, e apontou os graves erros da produção ao romantizar a colonização: 

Isso romantiza muito a ideia do que não apenas os maoris estão passando, mas muitas culturas indígenas ao redor do mundo e quase minimiza o sofrimento

Outro fator que faz com que a produção de Cameron seja detestada pelos neozelandeses, é que durante o auge da pandemia de Covid-19, em 2020, o cineasta e seu time de produção conseguiram uma autorização especial que permitia os trabalhos no país mesmo com suas fronteiras totalmente fechadas. A situação desagradou empresários e residentes locais. 

 

O QUE DIZ JAMES CAMERON?

Apesar de apontar, por diversos momentos, que “Avatar” é altamente benéfico para Nova Zelândia e seus habitantes, o diretor parece ter ouvido as reclamações e argumentos dos moradores, e respondeu sobre as acusações de apropriação cultural no longa:

Acho que o importante é ouvir e ser sensível aos problemas que as pessoas têm… As pessoas que foram vítimas históricas estão sempre certas. Não cabe a mim, falando de uma perspectiva de privilégio branco, se você quiser, dizer a eles que eles estão errados. Eu tenho que ouvir. Eu tenho que dizer: ‘Ok, se é isso que você está sentindo, é o que você está sentindo’. E é válido. É inútil eu dizer: ‘Bem, essa nunca foi minha intenção

“Avatar: O Caminho da Água” está em cartaz nos cinemas, e não há, até o momento, data oficial para sua entrada no catálogo do Disney+. 

 

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Avatar James Cameron

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