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"Duna" honra o clássico com jornada épica e grandiosa | #CineBuzzIndica

Longa de Denis Villanueve adapta clássico de ficção científica escrito por Frank Hebert

CAMILA GOMES | @CAMILAGMS Publicado em 19/10/2021, às 17h30 - Atualizado em 21/10/2021, às 11h00

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Longa conta com Timothée Chalamet no papel de Paul Atreides - (Divulgação/Warner Bros.)
Longa conta com Timothée Chalamet no papel de Paul Atreides - (Divulgação/Warner Bros.)

Quando a riqueza de um planeta é explorada por décadas e seu povo é confinado a viver escondido nas areias, o que se deve esperar de seu novo líder, o consideraria um aliado ou um futuro opressor sedento por poder?

Ambientado em um futuro muito distante, “Duna” chega aos cinemas no dia 21 de outubro apresentando uma história grandiosa em que planetas comandados por famílias nobres compõem um império feudal intergaláctico. 

Na trama, a família do jovem Paul Atreides (Timothée Chalamet) é convocada a controlar o planeta deserto Arrakis, também conhecido como Duna, produtor de uma valiosa especiaria. No entanto, o local prova ser um planeta difícil de governar, seja pelo calor escaldante, pelos grupos rebeldes que vivem escondidos, animais gigantes que vivem submersos no mar de areia e por ser alvo do interesse de várias famílias nobres, especialmente do imperador.

Mesmo com todo o conflito político, o líder da casa Atreides, Leto (Oscar Isaac), está determinado em liderar o planeta de forma mais amistosa possível, se reunindo com o povo, tentando respeitar os recursos naturais e seguindo a opinião de especialistas. Tudo isso, mantendo o interesse financeiro em explorar ao máximo o local, é claro.

O filme não segue um formato linear e desde o princípio somos apresentados a eventos que vão ocorrer ao longo da história através das visões de Paul. Dentro deste contexto, os spoilers são mais do que bem-vindos e não estragam a experiência, muito pelo contrário, instiga ainda mais a querer ver o grande confronto entre as famílias pela liberdade de Arrakis.

O diretor Denis Villeneuve insistiu desde o início da pandemia para que sua versão de “Duna”, que adapta o clássico de ficção científica escrito por Frank Herbert, fosse lançada nos cinemas, nada de lançamento exclusivo no streaming. O pedido faz sentido quando se vive a experiência imersiva e extraordinária de ver os visuais deslumbrantes nas telonas.

Para quem gostou dos trabalhos anteriores do cineasta, como “A Chegada” (2016) e especialmente “Blade Runner 2049” (2017), a junção dos conflitos que compõem o enredo, cenas de lutas bem coreografadas, com a direção de fotografia de Greig Fraser e a trilha sonora de Hans Zimmer são um presente que não vai decepcionar os fãs de “Duna”.

O elenco grandioso deve atrair boa parte do público aos cinemas para conferir “Duna”, mas no fim é a forma como Villeneuve conduz o espectador nesta jornada espetacular repleta de jogos políticos, ambição, muita ganância e esteticamente impressionante que deixará todos contando os dias para conferir a sequência.

O surgimento de um herói não é algo repentino, é necessário sacrifícios, uma jornada de autoconhecimento, bravura, habilidade física e emocional para os perigos e ameaças que vai enfrentar em sua jornada. Por isso, o longa pode parecer lento em alguns momentos, mas é necessário apresentar ao público o universo em que está inserido e todas as suas facetas, enquanto prepara terreno para batalha épica.