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“Um Lugar Silencioso 2” é um repeteco de seu antecessor, mas ainda empolga | #CineBuzzIndica

Filme chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (22)

Henrique Nascimento | @hc_nascimento Publicado em 21/07/2021, às 16h00

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"Um Lugar Silencioso 2" é repeteco de seu antecessor, mas ainda empolga - Divulgação/Paramount Pictures
"Um Lugar Silencioso 2" é repeteco de seu antecessor, mas ainda empolga - Divulgação/Paramount Pictures

Quando “Um Lugar Silencioso” estreou, em 2018, o filme foi taxado por muitos como uma “experiência sensorial”. Na história, a família Abbott tentava sobreviver em um universo infestado por criaturas monstruosas, de origem desconhecida. Para que tivessem sucesso, precisavam evitar produzir qualquer tipo de som, já que a audição era o sentido mais apurado dos bichos.

Quem assistiu ao longa em uma sala de cinema, sabe que até o barulho do mastigar de pipocas era alto demais e o silêncio absoluto dentro da telona repercutia fora dela, aumentando o suspense e transformando o filme, de fato, em uma “experiência sensorial”, como muitos disseram.

Agora, em “Um Lugar Silencioso – Parte 2”, que chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (22), tudo o que funcionou está de volta, mas com uma história que passa a sensação de que estamos assistindo ao exato mesmo filme.

Na sequência, a família Abbott precisa encontrar um novo abrigo, após a sua fazenda ser destruída pelos monstros. Com um recém-nascido a tiracolo e sem Lee (John Krasinski), a situação se torna ainda mais complicada, já que Evelyn (Emily Blunt) agora está sozinha para cuidar dos filhos.

Na fuga, eles acabam se reencontrando com Emmett (Cillian Murphy), um antigo amigo da família, que se mostra relutante em ajudá-los a princípio, mas acaba abrindo espaço para os recém-chegados em seu esconderijo, mesmo que momentaneamente, após descobrir sobre o bebê e a morte de Lee.

Tentando assumir a posição deixada pelo pai, com quem se reconectou em seus últimos momentos de vida, Regan (Millicent Simmonds) decide colocar um plano em prática para proteger a família e quem mais conseguir ajudar. Após descobrir uma frequência ativa de rádio, a menina quer utilizar a faixa para transmitir o ruído emitido por seu aparelho de audição, que ela descobriu incomodar os monstros ao ponto de retardá-los.

Essa jornada de Regan é o que possibilita que o filme se expanda e não caia na mesmice. Conforme acompanhamos a menina tentando encontrar o local de onde vem a transmissão, nós também ficamos sabendo o que aconteceu com o mundo pouco mais de um ano após os monstros surgirem na Terra. Há a devastação, mas também a esperança de que, em algum lugar, há a possibilidade de se ter uma vida normal, mesmo que nunca se esqueça a ameaça à espreita.

“Um Lugar Silencioso – Parte 2” ainda traz uma introdução incrível, que revisita os momentos iniciais do apocalipse e nos dá uma breve, mas informativa noção de como tudo aconteceu. Além de termos o retorno de Krasinski, mesmo que apenas por alguns minutos, temos uma das sequências de ação mais empolgantes de todo o filme.

Infelizmente, o que vem depois, apesar de manter a empolgação, nos deixa com um gosto amargo de que esperamos por muito tempo – colocando na conta esse um ano e meio de pandemia, já que o mundo parou apenas dias antes de “Um Lugar Silencioso 2” chegar aos cinemas – e recebemos apenas uma extensão do primeiro filme, sem muito a acrescentar ao universo da franquia (que já tem um terceiro filme em andamento).

Ainda assim, o novo filme não deixa de ser uma ótima diversão e, para aqueles que vão ver no cinema, novamente uma experiência bacana. Se você é fã de filmes de suspense e terror, sabe que não há nada melhor do que aqueles momentos em que você gruda na cadeira e espera por aquele susto. Pode ter certeza: em “Um Lugar Silencioso – Parte 2”, isso não falta.