Ainda não se sabe se os filmes russos também serão barrados ou irão competir normalmente
ANGELO CORDEIRO | @ANGELOCINEFILO Publicado em 01/03/2022, às 14h15 - Atualizado às 14h30
O Festival de Cinema de Cannes se posicionou sobre a guerra na Ucrânia e barrará as delegações russas em sua 75ª edição que acontecerá em maio deste ano.
“Como o mundo foi atingido por uma forte crise em que uma parte da Europa se encontra em estado de guerra, o Festival de Cannes deseja estender todo o seu apoio ao povo da Ucrânia e a todos aqueles que estão em seu território”, diz o comunicado divulgado nesta terça-feira (1).
“Por mais modesta que seja, unimos nossas vozes com aqueles que se opõem a essa situação inaceitável e denunciam a atitude da Rússia e de seus líderes." continua o texto.
Embora as delegações russas sejam proibidas, o festival deu a entender que cineastas individuais ainda serão bem-vindos; no entanto, ainda não está claro se seus filmes serão selecionados para competição ou em qualquer outro lugar do festival.
Cannes elogiou a coragem de todos aqueles na Rússia que estão se arriscando para protestar contra a agressão e invasão da Ucrânia, observando que “sempre servirá artistas e profissionais da indústria que levantam suas vozes para denunciar violência, repressão e injustiças, por o objetivo principal de defender a paz e a liberdade”.
Nos últimos anos, o festival francês chamou a atenção para uma nova geração de cineastas russos politicamente engajados, como Kirill Serebrennikov, cujos dois últimos filmes, “Petrov’s Flu” e “Leto”, competiram no festival.
Serebrennikov, que ainda está oficialmente sob uma proibição de viagem de três anos e foi acusado de peculato pelo governo russo, deve retornar à competição de Cannes este ano com "A Esposa de Tchaikovsky".
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