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Cinema / EITA!

Cary Fukunaga, diretor de "007 - Sem Tempo para Morrer", é acusado de assédio e "abuso do poder" por mulheres

Advogado do diretor defende que "ele cria ambientes de trabalho criativos, colaborativos e acolhedores"

ANGELO CORDEIRO | @ANGELOCINEFILO Publicado em 31/05/2022, às 15h39

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Cary Fukunaga, diretor de "007 - Sem Tempo para Morrer", é acusado de "abuso do poder" por mulheres - Divulgação/Getty Images: John Phillips
Cary Fukunaga, diretor de "007 - Sem Tempo para Morrer", é acusado de "abuso do poder" por mulheres - Divulgação/Getty Images: John Phillips

O diretor Cary Fukunaga, de "007 - Sem Tempo Para Morrer", vem sendo acusado de assédio por várias mulheres que declararam à revista Rolling Stone que o cineasta tem um padrão de comportamento inapropriado no set.

Segundo um relato, da produção da minissérie "Masters of the Air", Fukunaga finalizou as gravações de uma cena e abordou duas jovens figurantes, que estavam vestidas como prostitutas dos anos 1940. Ele teria pedido para tirar fotos delas a título de continuidade (trabalho normalmente feito por assistentes, e não pelo diretor), e insistiu que elas fizessem poses cada vez mais sugestivas para a câmera.

É a primeira história de várias semelhantes, caracterizadas como "abusos do poder" pelas fontes da revista. Uma mulher que trabalhou com o diretor sem grandes incidentes, por exemplo, contou que ela estava alinhada para um próximo projeto com o diretor quando foi subitamente demitida - ao invés disso, ele a convidou para sair.

"Eu me lembro dessa época porque fiquei realmente chateada. Queria muito aquele trabalho, e precisava muito dele. Pareceu realmente estranho que ele tenha me demitido e seguido isso com: 'Deixe eu te levar para tomar uns drinks'", comentou ela.

Outra mulher que esteve em um dos sets comandados por Fukunaga disse que a insistência do diretor em flertar com ela abertamente durante as filmagens deixou até seus amigos em estado de alerta. "Era humilhante para mim, porque subitamente eu achava que precisava trabalhar todos os dias mais discretamente, sem chamar a atenção dele", disse.

"Foi muito desconfortável, e foi horrível... Eu só terminei aquele trabalho porque estava preocupada com a minha carreira", completou. Outros membros da equipe de projetos do diretor declararam à Rolling Stone que o hábito dele de "usar seus sets como bares de paquera" era motivo de cochichos e zombarias entre os colegas de trabalho.

Uma atriz contou que, após conseguir um papel em uma produção de Fukunaga, descobriu que ele tinha conseguido "arranjar" o seu teste de câmera após falhar em chamar sua atenção no Instagram: "Foi muito bizarro, porque ele queria me conhecer e me namorar, ou só me f*der, qualuer coisa assim. Ele usa o seu poder, a sua fama, e o ambiente profissional para atrair as garotas".

Michael Plonsker, advogado de Fukunaga, respondeu à Rolling Stone negando todas as acusações. "Ninguém nunca trouxe esse tipo de preocupação para Cary, nenhuma vez. Ele cria ambientes de trabalho criativos, colaborativos e acolhedores, e nunca agiu de forma alguma que deveria gerar um artigo como esse", disse.


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