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Cinema / Análise

'MIB: Homens de Preto – Internacional' acerta com Tessa Thompson e humor bobo, mas só

Previsível, novo filme da franquia é até divertido, mas poderia ser melhor

Pedro Rocha Publicado em 13/06/2019, às 13h51 - Atualizado às 15h02

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Tessa Thompson em cena de 'MIB: Homens de Preto – Internacional' - Reprodução/Sony Pictures
Tessa Thompson em cena de 'MIB: Homens de Preto – Internacional' - Reprodução/Sony Pictures

Nesta quinta-feira (13), chega aos cinemas brasileiros o mais novo filme da franquia MIB: Homens de Preto. Antes estrelada por Will Smith e Tommy Lee Jones, a série agora tem Chris Hemsworth e Tessa Thompson como os principais agentes da organização especializada em combater perigos extraterrestres. 

Intitulado MIB: Homens de Preto – Internacional, o novo filme tem como seu maior acerto a escalação de Tessa Thompson como protagonista. A atriz repete no longa uma parceria que já vem dado certo na Marvel, ao lado de Hemsworth. Os dois possuem uma boa química em cena, como comprovado em Thor: Ragnarok

Não há dúvidas da veia de Chris para a comédia, mas o ator, que vive o Agente H, atua como uma versão do Thor que está preso entre O Mundo Sombrio e Ragnarok

Tessa, no entanto, está completamente diferente da Valquíria dos Vingadores e a sua personagem, Molly, depois conhecida como Agente M, é o único arco interessante da trama. 

O humor provido pelos dois é bobo, mas não num sentido ruim. É fofo. Não causa gargalhadas, porém consegue roubar uns sorrisos discretos. A boa equação se completa com a aparição do pequeno alien Pawny, dublado por Kumail Nanjiani (Doentes de Amor). O pequeno personagem é um dos responsáveis pelas cenas mais cômicas. 

Mas... Fica por aí, mesmo com todo o potencial.

Totalmente previsível

O filme é altamente previsível – desde a primeira cena da personagem de Molly, ainda criança, já dá para ver onde a história vai dar. A "reviravolta" que revela o verdadeiro vilão da trama também não é surpresa. Quando a Agente M percebe que há um traidor dentro dos Homens de Preto, é fácil perceber de quem se trata – não que hajam, também, muitas opções. 

Outro ponto negativo do filme é que ele quase segue uma linha mais feminista, mas falha ao final.

O longa consegue contruir bem os arcos das duas principais personagens femininas da trama, a Agente M e a Agente O (Emma Thompson). Ao final, porém, resolvem jogar tudo por água abaixo com uma cena simples, mas significativa: na hora de assumir o controle do carro, é o personagem de Hemsworth quem toma o controle. 

E outra: mesmo com a Agente M sendo a responsável pelo ataque ao grande vilão, o destaque na cena de clímax é um chororô do Agente H. 

Há, no filme, inclusive uma piada sobre mudar o nome da agência e retirar a palavra "homens". Porém, fica só na piada. O filme poderia terminar com um indicativo de mudança para o futuro da franquia – se é que ele vai existir –, mas não. 

Para os fãs da série original, que esperavam uma participação de Will Smith ou Lee Jones, uma má notícia. Os dois são apenas citados, e bem brevemente, no longa. 

Ah, e a participação de Sérgio Mallandro na versão brasileira não é tão engraçada assim. 

MIB: Homens de Preto – Internacional já está em cartaz.