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Música / ENTREVISTA

Aos 23 anos, Raye já colaborou com Beyoncé, David Guetta e declara: "Quero trabalhar com todo mundo, isso me inspira"

Em entrevista a Exitoína Brasil, a cantora falou sobre o lançamento de seu primeiro EP, 'Euphoric Sad Songs", e os planos para o futuro

Henrique Nascimento Publicado em 19/02/2021, às 20h00

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Em entrevista exclusiva, Raye falou sobre o lançamento de seu EP "Euphoric Sad Songs" e os planos para o futuro - Divulgação/Dexter Lander
Em entrevista exclusiva, Raye falou sobre o lançamento de seu EP "Euphoric Sad Songs" e os planos para o futuro - Divulgação/Dexter Lander

Se você der play em "Black Is King" agora, ouvirá Beyoncé cantar, nos primeiros minutos do filme inspirado em "O Rei Leão": "Se você está se sentindo insignificante, é melhor você pensar de novo. É melhor acordar, porque você é parte de algo maior". Junto à artista, uma das maiores do mundo atualmente, Raye, uma inglesa de apenas 23 anos, ajudou a colocar essas letras no papel - e elas podem servir como uma recordação para si mesma.

Uma lembrança do tempo em que largou a escola, aos 16 anos, para ir atrás de uma carreira na música, trabalhando duro, superando obstáculos, lidando com desapontamentos e frustrações, antes de o esforço começar a compensar. "Eu estou nesse ponto em que eu venho trabalhando há anos, mas eu sinto como se fosse apenas o começo. É uma verdadeira honra (...) pessoas que eu cresci ouvindo agora quererem trabalhar comigo ou respeitarem a minha arte. Isso é uma loucura", conta a artista, em entrevista exclusiva a Exitoína Brasil.

Raye, nascida Rachel Keen, é uma contadora de histórias, como ela mesmo se define. É o que gosta de fazer e foi o que fez em "Euphoric Sad Songs", seu primeiro trabalho "encorpado". Antes disso, havia lançado apenas singles, além de ter trabalhado com artistas como David GuettaCharli XCXMajor LazerLouis the ChildJonas BlueJax JonesMabelStefflon Don e, é claro, Beyoncé

No disco, lançado em novembro de 2020, a artista aborda uma perda, algo que ela associa a um luto. "Decepções amorosas criam um sentimento interessante, porque quase todo ser humano vai sentir uma forma de decepção amorosa em sua vida. É algo tão isolador e doloroso passar de ter um melhor amigo para nunca mais falar com essa pessoa ou vê-la novamente, que é quase como uma morte", explica.

"Eu sou um tanto dramática e estava sofrendo muito, então decidi fazer o projeto, essencialmente, música por música, documentando a cura para uma decepção amorosa. Eu não gosto de chorar com músicas, porque eu fico muito triste, então eu precisava de algo com uma batida, algo para trazer a euforia para a tristeza. É por isso que [as músicas do álbum] parecem músicas para chorar na pista de dança", acrescenta Raye sobre o projeto. 

Apesar de ter surgido da dor, o trabalho agora só traz felicidade para a artista. "Eu acho que a parte mais linda desse projeto é o alcance que ele teve. As pessoas estão usando esse projeto para superar um coração partido ou superar uma perda e isso é tão recompensador. É por isso que nós fazemos isso. É incrível", diz a artista sobre a resposta dos fãs a "Euphoric Sad Songs". E não é para menos:

"Eu fui realmente honesta nessas músicas. Muitas delas são mensagens de texto ou coisas que eu disse no calor do momento... É bem verdadeiro. Acredito que assumir esse risco e colocar a minha verdade, tão transparente, é o que tem me conectado aos meus fãs", afirma Raye.

Apesar de se considerar uma pessoa bastante criativa, Raye revelou que, durante o ano de 2020, em meio à pandemia de coronavírus, mal conseguia produzir: "Eu sou bastante sensitiva e eu acho que o  coronavírus me derrubou. Eu acordava todos os dias realmente sentindo a situação. E eu não podia canalizar isso na minha música. Mas agora eu estou de volta", decreta.

E está mesmo. A artista diz que, há cerca de um mês, começou a trabalhar em um novo projeto - oficialmente, o seu primeiro álbum - e as músicas estão jorrando dela. Dessa vez, Raye não quer lançar singles, mas um álbum repleto de músicas: "Eu acredito que tenho muitas histórias para contar e gosto de contar dessa forma", justifica. Ela também adianta - sem estragar a surpresa - que o novo trabalho pode ser bastante similar a "Euphoric Sad Songs".

Aos 23 anos e já tendo trabalhado com grandes nomes na indústria da música, questiono se ela tem alguém em mente com quem gostaria de trabalhar no futuro: "Definitivamente. Eu sou muito fã de música. Eu amo todos os gêneros e acho que é meu objetivo me enfiar em todos eles, com autenticidade", declara.

"Eu adoraria sentar ao piano com a Alicia Keys. Ela é alguém que eu cresci ouvindo. E não sei se você conhece uma artista chamada Jill Scott. Ela é incrível. As letras dela são incríveis". Mas isso não é o suficiente e Raye deixa claro que pouco não é o bastante para ela: "Eu gostaria de trabalhar com todo mundo. Eu adoro colaborações. Isso me inspira e me faz amar música mais".