A executiva foi afastada do cargo 10 dias antes do evento
Redação Publicado em 22/01/2020, às 10h22
Há poucos dias da cerimônia, o Grammy já está envolvido em uma nova polêmica! A ex-presidente do evento, Deborah Dugan, que foi afastada no cargo por “licença administrativa”, resolveu contar sua versão da história.
O advogado da executiva, Bryan Freadman, contou ao site Pitchfork que sua cliente correu a justiça para informar fraudes envolvendo a maior e mais importante premiação do mundo da música. A CEO listou uma série de acusações contra a Academia, envolvendo abuso sexual, corrupção e racismo. Segundo o comunicado, a demissão de Dugan será investigada, afirmando que a acusação de má comportamento não seria “nem a metade da história que precisa ser contada”.
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A notícia repercutiu internacionalmente, e hoje (22), Deborah registrou uma queixa de discriminação na Comissão de Igualdade de Oportunidades de Emprego. Na denúncia, alega ter sido assediada sexualmente por Joel Katz, o consultor jurídico da Recording Academy e ex-membro do conselho de curadores. Dugan ainda revelou que foi informada de que o ex-CEO do Grammys, Neil Portnow, foi acusado de estupro por uma artista feminina estrangeira.
Na nota, ela conta que outros membros da equipe fazem parte de um “comitê secretos”, que escolhem 20 artistas com quem possuem relações pessoais para recebrem indicações na premiação, o que é proibido. Além disso, eles teriam fraudado a categoria de “Canção do Ano” em 2019, deixando de lado os artistas mais votados, para incluir um cantor que estava na 18º posição.
Casos de discriminação racial perpetuados pela Academia também foram revelados. Um exemplo citado é de um funcionário negro e gay que sofreu um “colapso mental” após ser humilhado por outros trabalhadores. Segundo o documento, eles não teriam recebido as devidas punições pelo ato.
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Em resposta às acusações, o Recording Academy enviou uma uma nota a Variety, acusando a executiva de praticar bullying contra outra funcionária, criando um ambiente de trabalho tóxico, intolerável e abusivo: “Nós imediatamente iniciamos investigações independentes para rever tanto a potencial falha de conduta da Sra. Dugan quanto às subsequentes alegações. Ambas as investigações continuam em curso”, informaram.
A ex-representante se tornou a presidente do evento de agosto de 2019, decisão celebrada por se tratar da primeira mulher a assumir o cargo na história do evento. O Grammy 2020 está previsto para acontecer no dia 26 de janeiro.
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