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"Pacto Brutal": Guilherme de Pádua, assassino de Daniella Perez, se irritava com afirmações de que era gay

"Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez", lançado na HBO Max, conta a história de um dos crimes mais polêmicos do Brasil

Henrique Nascimento | @hc_nascimento Publicado em 28/07/2022, às 14h00

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Guilherme de Pádua, assassino de Daniella Perez, se irritava com afirmações de que era gay - Divulgação/HBO Max
Guilherme de Pádua, assassino de Daniella Perez, se irritava com afirmações de que era gay - Divulgação/HBO Max

"Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez" já está disponível na íntegra na HBO Max a partir desta quinta-feira (28). A série documental procura elucidar um dos crimes mais chocantes da história brasileira. Em 28 de dezembro de 1992, Guilherme de Pádua, colega de elenco de Daniella Perez na novela "De Corpo e Alma", emboscou a atriz e, com a ajuda da então esposa, Paula Nogueira Thomaz, matou a intérprete de Yasmin no folhetim com diversas punhaladas, antes de abandonar o corpo em um matagal na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Na série, revisitamos o passado de Pádua e descobrimos, através de depoimentos dos entrevistados e em imagens recuperados do próprio, que o ex-ator se revoltava sempre que o lembravam de seu passado como stripper na noite carioca, acusações de que atuava como garoto de programa antes da fama e dúvidas sobre a sua sexualidade, que deixavam no ar a possibilidade de ele ser gay.

Antes de conseguir o papel de Bira na novela "De Corpo e Alma", Pádua havia trabalhado em peças teatrais com conteúdos homoeróticos, como era o caso do musical "Blue Jeans", na companhia de Maurício Mattar. Nessa época, relembra o ator, o colega costumava assediá-lo quando estava nu e pedia para ver o seu pênis:

“Sempre que eu ia trocar de roupa, o Guilherme colava em mim, ficava olhando de banda e até mesmo pedia para eu mostrar meu pênis. Lembro que na época da [peça musical] 'Blue Jeans', ele vivia assediando homens, como se fosse doença, compulsivamente. Era muito desagradável", relembrou Mattar em entrevista à Istoé.

"Ele contou que transava com homens desde que chegou ao Rio de Janeiro, onde acontecia a apresentação da peça. Pelo visto era bi. Ele dizia que para subir na vida transaria com quem fosse preciso”, ainda disse o ator. Pádua também havia trabalhado como stripper em uma boate de Copacabana, no show "A Noite dos Leopardos", e costumava se prostituir para crescer na carreira, conforme relembram conhecidos da época.

Por fim, três anos antes do crime, entrou em circulação um filme erótico gay germano-brasileiro com o ex-ator no elenco. Em "Via Appia", Frank, um homem vivendo com o HIV, retorna ao Brasil para tentar reencontrar o homem que, supostamente, o infectou com o vírus. Para ajudá-lo, ele contrata um garoto de programa, José, papel de Pádua na produção. 

Pádua é um dos rapazes desnudados pelo roteirista e diretor do longa, Jochen Hick. Em sua principal aparição, José aparece em um apartamento, posando completamente nu e sensualmente para as câmeras de um fotógrafo. Em um dos momentos, ele chega a abrir e derramar todo o conteúdo de uma garrafa de champanhe sobre o próprio corpo.

Em um dos momentos do documentário, é exibido um trecho de uma entrevista em que Pádua é identificado como o assassino confesso de Daniella. Nas imagens, ele diz que as pessoas tentavam "denegrir" a imagem dele afirmando que ele era homossexual. Em seu depoimento, Glória Perez, mãe de Daniella, apontou o fato de o ex-ator estar tranquilo em ser visto como um assassino, mas não como gay.

SOBRE "PACTO BRUTAL"

"Pacto Brutal" mostra detalhes da tragédia que chocou o Brasil em 1992, quando Daniella Perez foi assassinada por Guilherme de Pádua, aos 22 anos. Ao todo, a produção tem cinco episódios dirigidos por Tatiana Issa e Guto Barra e já está disponível na íntegra no catálogo da HBO Max.

O documetário ainda traz depoimentos de Glória Perez, mãe da artista, Raul Gazolla, viúvo de DaniellaAlexandre Frota, Maurício MattarClaudia RaiaFábio AssunçãoCristiana OliveiraEri Johnson e a jornalista Glória Maria.


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