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Woodstock 99: nova série da Netflix retrata acontecimentos bizarros no famoso festival de música

Edição de 1999 do festival tornou-se um verdadeiro caos; história completa é retratada em documentário

Isabella Bisordi Publicado em 09/08/2022, às 20h00

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Confira detalhes sobre o festival que se tornou um verdadeiro desastre - Crédito: Reprodução/Netflix
Confira detalhes sobre o festival que se tornou um verdadeiro desastre - Crédito: Reprodução/Netflix

Amor, paz e liberdade. Esses eram os principais ideais do Woodstock Music & Art Fair, evento realizado pela primeira vez dos dias 15 a 18 de agosto de 1969, e que se tornou um verdadeiro marco na história da música. Com três dias de duração, foram reunidos trinta e dois dos maiores artistas da época - como Janis Joplin, The Who, Blood, Sweat & Tears e Jimi Hendrix - e um público de mais de 400 mil pessoas, que celebravam a liberdade na época da contracultura.

Localizado em uma fazenda na cidade de Bethel, em Nova York, Estados Unidos, o festival foi criado por Michael Lang, John P. Roberts, Joel Rosenman e Artie Kornfeld. Antes de acontecer, eram estimadas cerca de 200.000 pessoas no local, até que mais do dobro marcou presença mesmo em meio às chuvas no fim de semana. 

Apesar de imprevistos durante o evento, como forte congestionamento na região, o Woodstock de 1969 entrou para a história e se tornou referência de festival por muitos anos. Até que, em 1999, com o objetivo de celebrar os 30 anos de evento, uma nova edição foi anunciada - sendo, desta vez, localizado em uma antiga Base Aérea de Griffiss, no estado de Nova York, e reunindo artistas como Red Hot Chilli Peppers, Alanis Morissette, Metallica, Creed, Kid Rock e muitos outros no line up. Entretanto, o festival que antes era conhecido por ser um local de paz, amor e música, teve uma edição marcada por péssimas condições para o público, violência, vandalismo, situações graves de violência sexual e incêndios.

Crédito: Reprodução
Crédito: Reprodução

O festival 

Dirigido por Tim Wardle, “Desastre total: Woodstock 99” é a nova série documental da Netflix que retrata, com imagens da época e depoimentos de artistas, pessoas que trabalharam e também que participaram do festival como público, o verdadeiro caos que tomou conta do ambiente durante os três dias de evento. 

Crédito: Reprodução
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A festa contava com ingressos de US$150 e estimava um público de 400.000 pessoas novamente. A ideia era ser considerado o maior evento do planeta, mas a verdade é que ele acabou se tornando um desastre logo no início. 

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O calor chegava a 40°C, e o público começou a se queixar da falta de sombra e de água no local. Para chegar até os palcos, as pessoas eram obrigadas a andar por muito tempo, além dos preços exorbitantes que eram cobrados pela alimentação e hidratação. Isso fez com que muitos passassem mal e a estrutura de primeiros-socorros já não era mais o suficiente para atender todo o público que passava por lá. 

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O caos

Logo no primeiro dia, o ambiente já se mostrava hostil - principalmente para as mulheres, que eram constantemente assediadas. A falta de água, o calor e a má organização deixavam o público insatisfeito. A situação dos banheiros químicos era deplorável e, durante o show da banda Limp Bizkit, muitas pessoas quebraram canos para conseguirem desviar a água e se hidratar. Essa água se misturou com os dejetos dos banheiros, que já transbordavam, causando um verdadeiro lamaçal por todo o festival. Mais tarde, diversas pessoas relataram problemas no estômago, úlceras na boca e outras doenças graças à água contaminada.

Crédito: Reprodução
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No início do segundo dia de festival, em uma coletiva de imprensa, os organizadores garantiram que o evento era um sucesso e todos os problemas retratados na mídia não passavam de boatos e de atitudes de poucas pessoas em meio à multidão. Entretanto, conforme as horas se passavam, um ambiente ainda mais caótico tomava conta. Assim que o evento começou no sábado, o lugar era coberto por lixos do dia anterior. Nenhuma equipe de limpeza foi contratada, por isso, o chão e todas as lixeiras estavam cheias, além dos banheiros que tinham uma péssima situação.

Crédito: Reprodução
Crédito: Reprodução

Os seguranças do evento, que utilizavam uma camiseta com os dizeres “patrulha da paz", não tiveram o treinamento necessário para um evento de grande porte, e o local foi se tornando completamente “sem regras”. Quando anoiteceu, atitudes violentas, episódios de vandalismo e violência sexual contra mulheres foram registrados. 

No terceiro e último dia, o festival já tinha se tornado um desastre completo. Além da falta de higiene, do calor e de todos os problemas dos dias anteriores, o público se revoltou por tamanho descaso da organização e começou a praticar atos de vandalismo, derrubando estruturas do local. À noite, durante a apresentação da banda Red Hot Chilli Peppers, foram distribuídas milhares de velas para o público iluminar o ambiente. Entretanto, as velas começaram a ser utilizadas para criar fogueiras, até que uma torre de áudio pegou fogo e o Corpo de Bombeiros foi acionado.

As fogueiras aumentavam de tamanho enquanto as pessoas se divertiam ao redor. Quando o show acabou, o terror já estava instaurado. O fogo se espalhou de forma exponencial, enquanto pessoas quebravam caixas eletrônicos, queimavam trailers da organização, carros e estandes de vendas. Ao mesmo tempo que muitos tentavam sair de lá, outras centenas de pessoas, revoltadas com todo o tratamento do festival, promoveram uma grande violência.

Crédito: Reprodução
Crédito: Reprodução

Após diversos relatos de violência sexual e vandalismos por toda a parte, o festival, que tinha como objetivo ser o maior do planeta, acabou se tornando um verdadeiro fracasso e sua história completa foi contada em documentário disponível na Netflix.

Confira o trailer da série documental de três episódios:


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