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Série 'Aruanas', do Globoplay, mostra cenas de violência na Amazônia e humaniza ativistas ambientais

Com Taís Araújo, Leandra Leal e Débora Falabella, série do Globoplay estreia na próxima terça-feira (2)

Júlia Andrade Publicado em 27/06/2019, às 15h56 - Atualizado às 16h21

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'Aruanas' - Divulgação Globoplay
'Aruanas' - Divulgação Globoplay

O Globoplay estreia na próxima terça-feira, dia dia 2 de julho, a série original Aruanas, que traz uma trama regada de conscientização ambiental, humanização da causa e reflexos da delicada realidade de conflitos de interesse pelos territórios amazônicos.

Uma série onde o enredo e a vida real andam lado a lado é uma boa definição para a nova produção, conforme destacou a autora Estela Renner, em coletiva de imprensa para o lançamento da série. “Aconteceu muito de a gente estar escrevendo a série e lendo a mesma coisa no jornal, onde a ficçao e a realidade se misturaram demais”, disse.

Com cenas fortes, que mostram explicitamente o caráter brutal da crise ambiental. Em um dos episódios, é mostrado de forma crua e real o assassinato de índios na região, motivado pela ganância de empresas que exploram a região. Aruanas procura, de acordo com seus criadores, despertar a responsabilidade da população com o meio ambiente, por meio de sua dramaturgia, com a série sendo filmada principalmente na Amazônia.

A série retrata a ONG Aruana, das protagonistas Luiza (Leandra Leal), uma ativista, Natalie (Débora Falabella), uma jornalista, e Verônica (Taís Araújo), uma advogada, junto da estagiária Clara (Thainá Duarte), em missão contra a mineradora KM, do vilão Miguel (Luiz Carlos Vasconcellos), que comete crimes ambientais na fictícia cidade de Cari, no interior do Amazonas.

“Eu acho que essa série disputa muito o imaginário, a questão de sentir que a floresta é nossa. Eu queria muito que todo mundo se sentisse responsável por esse lugar. Despertar esse senso de responsabilidade por aquela região", disse Leandra.

Camila Pitanga, que interpreta a vilã Olga, uma lobista parceira de Miguel na KM, frisou que em meio a questão principal, o enredo se desenrola também pelas histórias dramáticas dos personagens.

"Acho que é isso que a gente quer passar, que todo mundo pode fazer alguma coisa e entender que o ativista tem dor, tem suas paixões, tem suas dúvidas, tem sua vida pessoal. Tentar aproximar essa realidade, despertar esse sentimento de que qualquer um pode fazer”, afirmou.

Para Taís Araújo, participar de Aruanas foi fundamental para sua real consciência da importância do tema. "Foram 43 dias na Amazonia e foi muito importante essa vivência para entendermos a dimensão do assunto e ter conhecimento da história”, contou.

Marcos Nisti, criador da série, revelou que os bastidores tinham a lembrança de personalidades ativistas, como Dorothy Stang e Chico Mendes, muito presente. "Cada dia tinha uma pessoa homenageada nas filmagens. Cada dia a gente filmava para uma pessoa, pensando nela”, contou, ao mostrar as imagens que reproduzia para o elenco para que se inspirassem.

"A gente está representando muita gente que deu sua vida pelo ativismo", completou Leandra.

++ Depois de foto com Viola Davis, Taís Araujo arrasa em premiação nos EUA

Sobre uma possível continuação da produção, João Mesquita, CEO do Globoplay, deixou expectativas sem dar certezas. “Nós torcemos muito pelo sucesso desse projeto e espero que venham outras temporadas a partir disso.”