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'Stranger Things' retorna para a sua terceira temporada eletrizante e com mais clichês dos anos 80

Já começou a maratonar 'Stranger Things'? Volta da série traz nostalgia, romance, clichês e menos terror

Pedro Rocha Publicado em 04/07/2019, às 13h02 - Atualizado em 06/07/2019, às 11h48

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Cena da terceira temporada de 'Stranger Things' - Divulgação/Netflix
Cena da terceira temporada de 'Stranger Things' - Divulgação/Netflix

Na madrugada desta quinta-feira (4), finalmente chegou à Netflix a aguardada terceira temporada deStranger Things, suspense que é um dos maiores sucessos da plataforma de streaming no mundo. 

Muita gente acordou cedo para "maratonar" e conferir logo as emoções dos novos episódios. Nós da Exitoína Brasil também! No entanto, como muitos outros fãs ainda não viram, vamos tentar fazer uma primeira versão da nossa análise crítica sobre a série sem spoilers – ou pelo menos com o menor número de spoilers possível. 

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A série retorna com alguns novos personagens que movimentam a trama. O principal deles não é humano, mas sim o shopping Starcourt, onde os amigos passam a se encontrar. Foi nos anos 80, em geral, que surgiu a febre dos shoppings em todo o mundo. 

Este shopping rende uma das principais críticas políticas do novo ano, já que a sua inauguração praticamente destrói o centro comercial da cidade. Ao não resolver o problema, o prefeito demonstra a sua corrupção. 

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É também no shopping onde começa a trabalhar Steve (Joe Keery), ao lado da novata na série Robin (Maya Hawke). Junto a Dustin (Gaten Matarazzo), eles descobrem mensagens russas criptografadas. Sim, é aqui que entra o maior de todos os clichês dos anos 1980 retratados na nova temporada: os vilões são os russos. 

Não é um spoiler. A primeira cena da temporada já demonstra isso. Depois de Eleven (Millie Bobby Brown) fechar o portal para o Mundo Invertido na temporada anterior, desta vez são os russos que reabrem. Vale lembrar que os novos episódios se passam no verão de 1984, ainda durante a Guerra Fria entre Estados Unidos e União Soviética. 

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O portal é reaberto com uma descarga elétrica dos russos. Um campo magnético é criado e os imãs começam a cair da geladeira de Joyce (Winona Ryder). Ela é uma das primeiras a perceber que algo, novamente, está errado na cidade. Em meio às investigações do que está acontecendo, a série perde muito do seu tempo de tela para explorar os vários casais da série. 

Joyce foge das investidas de Hopper (David Harbour) enquanto tenta o convencer a voltar ao laboratório de Hawkins. Eleven e Mike, depois de viverem um grande romance adolescente no verão, passam a se distanciar por influência de Hopper, que agora adotou a garota de vez. Lucas (Caleb McLaughlin) e Max (Sadie Sink) também formam um casal. 

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A série traz mais um (!) casal em destaque, Nancy (Natalia Dyer) e Jonathan Byers (Charlie Heaton) mais unidos que nunca tentando desvendar os mistérios que circundam Hawkins. Até Dustin, na verdade, tem uma namorada agora, apesar de ser um relacionamento a distância. Chega a ser cansativo ver tantos casais de uma só vez na série.

A série, principalmente no início, segue com o terror deixado bem de lado. O grande monstro do Mundo Invertido está de volta e mortes e tragédias são inevitáveis. Mas até chegar lá o suspense é raso, resumido a poucas cenas que mostram a possessão de Billy (Dacre Montgomery). 

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No geral, Stranger Things entrega, em sua nova temporada, mais da receita de sucesso, o combo entre nostalgia e fan-service - incluindo a trilha sonora, que continua investindo em clássicos dos anos 1980. Mas falta arriscar um pouco mais.