CineBuzz
Busca
Facebook CineBuzzTwitter CineBuzzInstagram CineBuzz
Livros / SUCESSO

Bienal do Livro do Rio vende mais de 4 milhões de livros após caso de censura

Durante o evento, escritores, editores e membros da organização assinaram manifesto contra censura

Redação Publicado em 09/09/2019, às 14h39

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Imagem da HQ Vingadores – A Cruzada das Crianças - Divulgação/Marvel
Imagem da HQ Vingadores – A Cruzada das Crianças - Divulgação/Marvel

A Bienal do Livrodo Rio de Janeiro terminou nesse domingo (8), após 10 dias de evento. Segundo o balanço prévio dos organizadores, foram mais de 600 mil visitantes que puderam aproveitar palestras, sessões de autógrafos com autores e, claro, escolher livros entre mais de cinco milhões de títulos recebidos. 

O evento foi alvo de uma ação de censura do prefeito da cidade, Marcelo Crivella, que determinou o recolhimento da história em quadrinhos Vingadores – A Cruzada das Crianças, que conta com um casal homossexual e uma cena de beijo entre eles. A ordem inicial era de recolhimento de todos os exemplares. 

++ Após caso na Bienal, ilustrador do livro censurado dos Vingadores comenta sobre Crivella

A sessão de encerramento do tradicional festival de literatura contou com um manifesto em repúdio ao acontecimento, que defende a Bienal como um "evento de conteúdo qualificado e diverso, reconhecido nacional e internacionalmente como o maior festival cultural do Brasil". 

Confira trecho do Manifesto assinado por nomes como Laurentino Gomes, Thalita Rebouças, Pedro Bandeira e Lázaro Ramos, além de contar com assinaturas de membros da organização do evento e editores.

++ Felipe Neto anuncia que vai comprar e distribuir mais de 10 mil livros com temática LGBT+ na Bienal do Rio

"Foi com alívio e muito orgulho que recebemos as duas decisões de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) neste domingo (8/9) impedindo que a Bienal Internacional do Livro continuasse sofrendo assédio à literatura e aos seus leitores", diz o manifesto. 

"Do contrário, se criaria uma jurisprudência que colocaria todos os eventos culturais, autores, editoras e livrarias do Brasil à mercê do entendimento do que é próprio ou impróprio a partir da ótica de cada um dos 5.470 prefeitos do país", lê-se ainda na carta.