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"Sexta-Feira 13": Charlize Theron negociava papel em série cancelada da A24

Série teria sido cancelada pela A24 e pelo Peacock mesmo com diretores (Kimberly Peirce e Vincenzo Natali) e roteiristas (Kevin Williamson) já contratados

ANGELO CORDEIRO | @ANGELOCINEFILO Publicado em 20/06/2024, às 11h35

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"Sexta-Feira 13": Charlize Theron negociava papel em série cancelada da A24 (Divulgação/Warner Bros.)
"Sexta-Feira 13": Charlize Theron negociava papel em série cancelada da A24 (Divulgação/Warner Bros.)

A atriz Charlize Theron negociava para interpretar Pamela Voorhees, a mãe de Jason, na série "Crystal Lake", derivada da franquia Sexta-Feira 13 - isto antes da série ser cancelada pela A24 e pelo Peacock, de acordo com uma reportagem do The Wrap.

De acordo com o veículo, ambos estúdios já tinham contratado diretores (Kimberly Peirce e Vincenzo Natali), roteiristas (Kevin Williamson) e outros membros da equipe de bastidores para trabalhar nos episódios da primeira temporada de "Crystal Lake", além de ter desembolsado US$ 300 mil para reservar estúdios no Canadá para uma filmagem de oito meses.

O cancelamento foi decisão de Ravi Nandan e Sam French, chefes de televisão da A24, que demitiram o showrunnerBryan Fuller ("Hannibal") e Jim Danger Gray, dias depois de uma reunião com a Peacock em que os executivos da plataforma de streaming elogiaram a visão dos roteiristas para a série.

De acordo com o relato de várias fontes da produção, entrevistadas pelo The Wrap, os executivos da A24 não acreditavam na visão de Fuller e Gray, que propuseram reimaginar os quatro primeiros filmes da saga "Sexta-Feira 13" na nova série - um longa por temporada.

Outro problema foi que, após a resolução da greve dos roteiristas em Hollywood, o estúdio teria se recusado a pagar pelo trabalho dos escritores que estavam desenvolvendo "Crystal Lake" antes da greve. Dessa forma, Fuller e Gray não conseguiram entregar roteiros finalizados, porque isso implicaria em mexer no trabalho de colegas que não seriam pagos por suas contribuições.

Uma das cláusulas importantes do novo acordo do sindicato dos roteiristas com os estúdios de Hollywood estabelece justamente a obrigatoriedade do estabelecimento de uma "sala de roteiristas" paga para todas as séries produzidas nos EUA, inibindo a prática comum de criar "salas de desenvolvimento" em que os roteiristas só são pagos uma vez que seus scripts são aprovados para produção.

A A24 nega essa versão dos fatos, dizendo que flutuações no orçamento e incerteza na liderança de Fuller e Gray levaram à impossibilidade do estabelecimento de uma sala de roteiristas paga para "Crystal Lake". Documentos revisados pelo The Wrap, no entanto, estabelecem que a série estourou o seu orçamento inicial por em volta de US$ 4 milhões - nada fora do comum para Hollywood.

Os membros da equipe entrevistados pelo veículo culparam a falta de experiência do estúdio em lidar com produções televisivas pelo colapso de "Crystal Lake", muito embora a A24 continue se declarando comprometida com o projeto - que pode ter Nick Antosca, um colega de Fuller em "Hannibal", como novo showrunner.


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