Artista disse em entrevista que governo atual dos EUA incentiva a violência e que Kanye a ''machucou'' com atitudes pró-Trump
Redação Digital Publicado em 28/08/2019, às 19h43
Lana Del Rey lançará seu novo álbum nesta sexta-feira (30) e, em entrevista ao The New York Times, a cantora falou sobre seu desapontamento com Kanye West e com a situação política atual dos Estados Unidos.
A cantora de 34 anos cita nominalmente Kanye na faixa The Greatest, lançada no dia 23 de agosto, em que diz que ele se tornou ''loiro e se foi'', em referência ao apoio do rapper ao governo de Donald Trump.
''Kanye significa muito para gente'', admitiu Lana. ''Mas ele disse que 'esse cara [Donald Trump] é o melhor'. É mesmo? O melhor? Isso me machucou'', revelou Lana.
A artista também disse a publicação que tem sentido falta de músicas que protestam sobre algo, como ela mesma fez com Looking For America, faixa sobre tiroteios dos Estados Unidos. ''De vez em quando, como por exemplo com as queimadas na Amazônia, as pessoas acordam e é tipo 'nossa' e essa não é apenas uma fase passageira. Há algo extremamente errado'', afirmou.
Para o veículo, Lana disse defender a liberdade política de cada um e falou que não é nem liberal nem republicana. Porém, disse que sente saudades de Barack Obama, ex-presidente dos Estados Unidos. ''No governo dele, era como se um sonho tivesse se tornado realidade e a gente podia então ficar focado na arte, na qual a gente adiava bastante coisa e não comentava certos assuntos. Mas óbvio que tinha muita coisa acontecendo'', declarou.
++Lana Del Rey lança clipe duplo para as músicas Fuck It I Love You e The Greatest
Após os pontos positivos da administraçaõ de Obama, Lana criticou o atual presidente Donald Trump. ''Um dos questionamentos é: ‘será que o governo está disseminando a ideia de que é ok ser mais violento?’. E muita gente diz que sim. Alguém que diz ‘agarre-as pela vagina’ realmente faz a pessoa se sentir mais legitimada a levar uma arma para a escola'', reiterou.
A artista, que lança seu sexto álbum nesta sexta (30) ainda concluiu: ''Se antes não tinha motivo para músicas de protesto, agora definitivamente tem.''
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