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“What If…?” é um divertido passatempo, mas não mata a “vontade de Marvel” | Crítica

Produção animada estreia no Disney+ nesta quarta-feira (11)

Henrique Nascimento | @hc_nascimento Publicado em 10/08/2021, às 10h00

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"What If...?" é um divertido passatempo, mas não mata a "vontade de Marvel" - Divulgação/Marvel Studios
"What If...?" é um divertido passatempo, mas não mata a "vontade de Marvel" - Divulgação/Marvel Studios

Quando a Marvel decidiu expandir seu Universo Cinematográfico e transformar algumas de suas histórias em séries para o serviço de streaming Disney+, pouco se sabia sobre o que esperar das produções: seriam realmente parte da história principal, contada nos filmes até então, ou apenas meramente linkadas, como “Agents of S.H.I.E.L.D.”, “Agent Carter” e tantas outras que vieram antes?

Oito meses após a estreia da primeira das séries – “WandaVision“, seguida por “Falcão e o Soldado Invernal” e “Loki” – nós já temos certeza de que, sim, as histórias estão plenamente dentro do Universo Cinematográfico da Marvel. No entanto, com “What If…?”, que chega ao Disney+ nesta quarta-feira (11), o propósito volta a ser um pouco mais turvo: afinal, a série vai para algum lugar ou é apenas um divertido passatempo para os fãs da Marvel?

Na nova série da Marvel, as possibilidades do multiverso são exploradas. Se você assistiu a “Loki”, provavelmente está familiarizado com o termo, mas eu explico para os demais: o que aconteceria se você escolhesse ir por um caminho diferente no trabalho bem no dia em que, no seu caminho habitual, ocorreu um acidente envolvendo o seu carro? Mais ou menos dessa forma, “What If…?”, que se traduz como “E se…?” ou “O que aconteceria se…?”, brinca com essas questões imaginando novas narrativas dentro do Universo Cinematográfico da Marvel.

Por exemplo, o que aconteceria se Peggy Carter (Hayley Atwell) tivesse tomado o soro do supersoldado ao invés de Steve Rogers (Chris Evans)? E se T’Challa tivesse sido sequestrado por Yondu (Michael Rooker) ao invés de Peter Quill (Chris Pratt)? Se todos os Vingadores tivessem sido assassinados? Se Thanos (Josh Brolin) resolvesse descartar os planos de dizimar metade da vida no universo? E por aí vai.

A produção parte de acontecimentos já conhecidos pelos fãs do Universo Cinematográfico da Marvel e os reinventa. Dessa forma, nós revemos cenas de “Homem de Ferro” (2008), “O Incrível Hulk” (2008), “Thor” (2011), “Capitão América: O Primeiro Vingador” (2011), “Guardiões da Galáxia” (2014) e muitos outros filmes, mas sempre com uma mudança, pensando no que poderia ter acontecido se os eventos tivessem ocorrido de outra forma.

A proposta de “What If…?” é bacana, mas a falta de clareza sobre como essas narrativas afetarão o Universo Cinematográfico da Marvel acabam brecando um pouco a empolgação ao assistir à série. Já estamos cansados de saber que, com a Marvel, nós nunca temos certeza de nada de antemão, mas nesse caso ficamos totalmente no escuro. Será que há mais do que só uma série divertida ou ela é apenas um passatempo até as próximas produções?

Insisto nessa necessidade de uma conexão com o Universo Cinematográfico porque, infelizmente, “What If…?” não empolga tanto quanto as séries anteriores da Marvel. Ela é legal e criativa, mas não é algo que prende ao ponto de você esperar acordado pelo próximo episódio ou acordar cedo toda quarta-feira por mais um pedaço da história. Ao menos, não os três primeiros episódios da produção, aos quais nós, do CineBuzz, já tivemos acesso.

De qualquer forma, embora não mate a “vontade de Marvel”, “What If…?” é empolgante o suficiente para segurar as pontas até as estreias de “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”, próximo longa do Universo Cinematográfico, que chega aos cinemas em 2 de setembro; e “Hawkeye”, mais uma série da franquia, estrelada por Jeremy Renner Hailee Steinfeld e com estreia marcada para 24 de novembro.

De quebra, ainda temos de volta alguns de nossos atores favoritos – mesmo que apenas por voz – como Chris Evans (Steve Rogers/Capitão América), Robert Downey Jr. (Tony Stark/Homem de Ferro), Samuel L. Jackson (Nick Fury), Chris Hemsworth (Thor), Tom Hiddleston (Loki) e, entre outros, o mais notável deles: Chadwick Boseman (1976-2020), em seu último trabalho em vida, revivendo o papel de T’Challa, que o eternizou nos corações de muitos fãs da Marvel por aí.