Sem spoilers! Confira os motivos para assistir “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”, filme que encerra a Fase 4 do MCU e homenageia Chadwick Boseman
Após quatro anos desde a primeira sequência, “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre” chega aos cinemas com a promessa de honrar e eternizar o legado de Chadwick Boseman, que faleceu após uma luta silenciosa contra câncer de cólon, em 2020. O ator era intérprete de T’Challa, e conquistou milhões de fãs ao redor do planeta.
Desde a tragédia, Kevin Feige, presidente da Marvel, e sua equipe tiveram que modificar a história e adaptá-la para uma nova realidade tanto no Universo Cinematográfico da Marvel, quanto na vida real onde não veremos mais Boseman nas telonas. Mas afinal, o estúdio conseguiu eternizar e deixar o legado do ator marcado na produção? A história conseguirá se destacar dentre as produções lançadas na Fase 4 do MCU?
Para responder essas e outras perguntas, o Cinebuzz selecionou alguns dos motivos para você assistir “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”. Confira:
Durante o filme, o público consegue perceber a sensibilidade de Ryan Coogler como cineasta e colega próximo de Chadwick Boseman. O diretor conseguiu, por quase três horas de duração, unir realidade e ficção sem que houvesse conflitos que apelassem para algo distante do mundo real e sem que se distanciasse do Universo Cinematográfico da Marvel.
Em alguns momentos, o filme se afasta da ficção e consegue eternizar e homenagear Boseman, ao mesmo tempo que cita situações fictícias, como os danos causados por Thanos, de maneira sutil, assim, o espectador consegue se sentir mais conectado com os eventos do MCU sem que a emoção seja interrompida.
As homenagens prestadas a Chadwick Boseman unem o ator ao personagem como uma única pessoa na vida real, entretanto, a forma como a ausência do ator se dilui com os eventos apresentados durante o longa, o eternizam não apenas como T’Challa, mas como um ícone de representatividade para milhões de pessoas pelo mundo e como uma personalidade imponente e poderosa que se foi.
O abalo, devido a ausência de Chadwick, é perceptível mas não é incômoda, e talvez essa tenha sido a proposta de Ryan Coogler, diretor do filme. A história consegue tomar seu próprio rumo sem ficar dependente de uma única situação. Diversos eventos acontecem durante o filme, ao mesmo tempo que fraquezas e desafios são apresentados aos diversos personagens, dando a eles uma porta para explorar um amadurecimento que se encaixe com o futuro do MCU.
A personagem Shuri (Letitia Wright), por exemplo, foi de uma jovem cientista que se inspirava em seu irmão, para uma mulher que precisou crescer e conhecer o novo solo emocional que pisará a partir de agora. Nakia (Lupita Nyong’o) tem um papel importante que levará tudo a uma nova direção. Enquanto isso, a Rainha Ramonda (Angela Bassett) não teme dizer suas verdades e o que sente, buscando também um conforto após a partida de seu filho.
Não é apenas sobre ficção e realidade! Ryan Coogler também explorou o contexto histórico da vida real dentro da ficção apresentada no filme. Enquanto Wakanda é um país fictício localizado na África, Talokan é a terra de Namor (Tenoch Huerta), e traz referências dos povos indígenas do continente americano antes das invasões dos espanhóis nas terras onde hoje se encontram os países latino-americanos.
Se Wakanda é uma vitrine que bate de frente com a imagem estereotipada da África nos cinemas, Talokan também pode ser entendida como uma memória visual e de valorização dos dos povos dizimados pelos mesmos colonizadores que invadiram o continente africano.
O jeito que Ryan Coogler e Kevin Feige encontraram para desenvolver “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”, conseguiu superar qualquer expectativa após diversas críticas sofridas por filmes anteriores da Fase 4 do MCU. Se “Doutor Estranho No Multiverso da Loucura” deixou muitos sem entender a construção da história, “Wakanda Para Sempre” conseguiu transitar em começo, meio e fim sem qualquer esforço, além de deixar em aberto uma possível terceira sequência, já mencionada por Feige, e não apenas uma participação de personagens em outro crossover de heróis.
Com 19 faixas, cantadas por vozes como Rihanna, Burna Boy e outros, a trilha sonora de “Wakanda Para Sempre” entrega elementos que se conectam com os cenários apresentados na trama. De toques africanos aos vocais que se assemelham às cantigas ancestrais latino-americanos, o álbum abraça e respeita os personagens e suas etnias, criando uma espécie de paisagem sonora. O mesmo acontece durante o filme, com a trilha sonora ao fundo das cenas.
Na história, Wakanda está sem o seu rei e protetor T'Challa (Chadwick Boseman), que sucumbiu a uma misteriosa doença, e se vê sob ameaça do mundo inteiro, interessado em suas reservas de vibranium.
No entanto, quando uma cientista desenvolve um detector do metal mais poderoso do mundo e faz com que o minério seja descoberto no fundo do mar, Namor (Tenoch Huerta), líder da nação subaquática Talocan, precisa se mover para impedir que o seu povo, escondido há centenas de anos, seja descoberto e destruído.
Por esse motivo, ele coloca a rainha Ramonda (Angela Bassett) contra a parede e demanda que ela repare as consequências da exposição de Wakanda e do metal ao mundo. No entanto, quando os líderes da poderosa nação discordam sobre a solução, o perigo de uma guerra entre Wakanda e Talocan se torna cada vez mais real.
Com Ryan Coogler novamente responsável pela história e a direção do longa, "Pantera Negra: Wakanda Para Sempre" ainda conta com os retornos de Letitia Wright como Shuri, Danai Gurira como Okoye, Lupita Nyong'o como Nakia, Winston Duke como M'Baku e Martin Freeman como Everett Ross.
As novidades incluem, além de Tenoch Huerta Mejía ("Narcos: Mexico") como Namor, Michaela Coel ("I May Destroy You") como Aneka, membro da guarda feminina de Wakanda, as Dora Milaje; e Dominique Thorne ("E Se a Rua Beale Falasse...") como Riri Williams, a Coração de Ferro. #CineBuzzJáViu "Pantera Negra: Wakanda Para Sempre" e, para conferir a crítica, é só clicar aqui.
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