Globoplay responde Ministério sobre decisão de retirar filme de Gentili do ar: "Censura" - Divulgação/Paris Filmes
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Globoplay responde Ministério sobre decisão de retirar filme de Danilo Gentili do ar: "Censura"

"Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola" tem sido acusado de fazer apologia à pedofilia

ANGELO CORDEIRO | @ANGELOCINEFILO Publicado em 15/03/2022, às 15h56

O Globoplay e o Telecine responderam ao Ministério da Justiça que exigiu a retirada do filme "Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola" do catálogo de várias plataformas de streaming. Em nota oficial, a Comunicação da Globo afirmou que a decisão é "censura" e "ofende ao princípio da liberdade de expressão". Confira:

"O Globoplay e o Telecine estão atentos às críticas de indivíduos e famílias que consideraram inadequados ou de mau gosto trechos do filme 'Como Se Tornar O Pior Aluno Da Escola' mas entendem que a decisão administrativa do ministério da Justiça de mandar suspender a sua disponibilização é censura. A decisão ofende o princípio da liberdade de expressão, é inconstitucional e, portanto, não pode ser cumprida.

As plataformas respeitam todos os pontos de vista mas destacam que o consumo de conteúdo em um serviço de streaming é, sobretudo, uma decisão do assinante – e cabe a cada família decidir o que deve ou não assistir.

O filme em questão foi classificado, em 2017, como apropriado para adultos e adolescentes a partir de 14 anos pelo mesmo ministério da Justiça que hoje manda suspender a veiculação da obra."

 

ENTENDA O CASO

A Secretaria Nacional do Consumidor, órgão vinculado ao Ministério da Justiça, emitiu um despacho nesta terça-feira (15) determinando que os serviços de streaming removam de seus catálogos o filme "Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola", baseado no livro homônimo do humorista Danilo Gentili.

Caso não cumpram a ordem em até cinco dias, as empresas estarão sujeitas a multas diárias de R$ 50 mil. O longa lançado em 2017 presente no acervo da Netflix desde fevereiro de 2022 passou a ser acusado por comentaristas e políticos bolsonaristas de fazer apologia à pedofilia.

A polêmica gira em torno de uma cena do filme em que o personagem Cristiano, interpretado por Fábio Porchat, pede a dois estudantes menores de idade (Bruno Munhoz e Daniel Pimentel), que o masturbem. Quando eles negam, Cristiano argumenta: “O que é isso, preconceito nessa idade? Gente, é super normal, vocês têm que abrir a cabeça de vocês. Uma juventude retrógrada?”.

Parte dos usuários do Twitter apoiam a decisão de censurar o filme, enquanto outros apontam a possibilidade de ser uma estratégia dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) para desviar a atenção da alta nos preços dos combustíveis.

 


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