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Pride / Pride

Mês do Orgulho: Ellen DeGeneres e mais lésbicas famosas que estão lutando pelos direitos LGBTQ+

Após 50 anos da Rebelião de Stonewall, famosas como Ellen DeGeneres estão lutando por igualdade

Redação Digital Publicado em 28/06/2019, às 14h34 - Atualizado às 14h58

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Ellen DeGeneres em 'Relatable' da Netflix - Reprodução/YouTube
Ellen DeGeneres em 'Relatable' da Netflix - Reprodução/YouTube

As mulheres lésbicas sempre foram muito presentes na luta dos direitos LGBTQs, mesmo não ganhando o reconhecimento merecido. 

Sempre quando falamos deste grupo, precisamos citar Stormé DeLarverie. Stormé foi a lésbica ‘masculina’ que começou toda a Rebelião de Stonewall em 1969, 50 anos atrás. Ou ao menos, a que muitos consideram ter começado.

Durante a invasão policial feita no bar Stonewall Inn em Nova Iorque, um dos poucos que aceitava LGBTQs. Ela lutava para não conseguirem a deter e gritava para os outros frequentadores do local “por que vocês não estão fazendo nada?”. Essa frase é considerada por diversos queers o motivo de toda a revolta ter começado e ter impactado os direitos LGBTQs pelo mundo. Stormé também era cantora e viajava pelos Estados Unidos como drag king para performar. 

Com isso, montamos uma lista de três lésbicas que estão lutando pelos direitos LGBTQs atualmente e que carregam o legado da revolucionária de Stonewall. 

Ellen DeGeneres

Sendo capa da revista Times em 1997, com o título “sim, sou gay”, a apresentadora e comediante Ellen DeGeneres fala abertamente sobre sua sexualidade. Foi sua primeira vez contando sobre ser lésbica. 

Ellen fala que este era o tempo certo para falar sobre isso, pois ela não conseguiria antes Não acho que as pessoas aceitariam tão prontamente quanto agora. “Nesse momento eu me sinto confortável comigo mesma, e não tenho que ter medo de algo prejudicando minha carreira. Agora estou no controle disso. Ninguém pode me machucar agora”, declara para a revista. 

Logo após isso, ela foi entrevistada por Oprah Winfrey em seu programa e levou sua namorada da época, a atriz Anne Heche, para falar ainda mais sobre o assunto. 

Na época, Ellen protagonizava uma série da ABC com seu próprio nome. Em um de seus episódios após sua conversa com Oprah, o “The Puppy”, a comediante trouxe sua sexualidade para a trama, contando com sua autodescoberta e declarações para os outros personagens. O programa era um sucesso naquele tempo e, consequentemente, causou muitas reações diferentes.

Após a transmissão do episódio, Ellen foi criticada por várias pessoas que gostavam da série, sendo até criada um abaixo assinado pedindo por seu cancelamento, por ser considerado "uma tentativa ruidosa de promover a homossexualidade”. E não parou por aí, a comediante recebeu ameaças de morte constantes na época. Com isso, Ellen foi cancelada no ano seguinte.

Em 2001, ela ganhou mais uma série, The Ellen Show, e dois anos depois, conseguiu seu próprio talk show, o The Ellen DeGeneres Show, que até hoje é um dos principais programas de TV dos Estados Unidos. 

Já em 2017, a apresentadora recordou a época do tão polêmico episódio de sua série, "foi a coisa mais difícil que já aconteceu na minha vida". Mas, ela não se arrepende, pois trouxe ela para o auge de sua carreira que vive no momento.

Desde então, Ellen vem levantando diversas conversas e está chegando em lugares que nenhuma mulher lésbica havia chegado, apresentando até o Oscar. Ela é considerada por muitos a LGBTQ de mais visibilidade nos Estados Unidos. 

Daniela Mercury
Partindo para o Brasil, Daniela Mercury vem lutando em prol dos LGBTQs tem um bom tempo já.

Nesta segunda-feira (24), a Câmara de Deputados comemorou os 50 anos da Rebelião de Stonewall e teve a presença da cantora. Lá, ela beijou sua esposa, Malu Verçosa, como “símbolo de amor e luta”, segundo a própria. 

Em 2013, a baiana assumiu seu relacionamento com atual mulher, contando “Malu agora é minha esposa, minha família, minha inspiração para cantar”. 

Desde então, Daniela vem sido bem aberta quanto a sua sexualidade e a usa como forma de resistência, inspirando muitos de seus fãs. Em quase todas as suas aparições públicas, a cantora faz questão de sempre levantar a pauta e dar sua opinião.

Na Camara, ela fala em seu discurso: "Nos marginalizaram, nos discriminaram e continuam a fazer isso. Claramente e na luz do dia, em um país democrático, em 2019. Precisamos de muitas rebeliões, de muitos stonewalls, de um movimento contínuo da sociedade para que a democracia se efetive e se equalize no direito de todos.”

Recentemente, Daniela lançou o single e clipe de Duas Leoas, que tem a participação de sua esposa e celebra o relacionamento das duas. Voltando um pouco, quando houve a criminalização da homofobia pelo STF, a cantora comemorou em seu Instagram em foto com Malu: “Ganhamos uma poderosa proteção contra a violência e a discriminação. Essa sensação de que a justiça foi feita é libertadora e nos enche de esperança.Parabéns para todos que lutaram! Obrigada, @STF_oficial !”

Bruna Linzmeyer
Ainda com artistas brasileiras, porém agora uma atriz. Bruna Linzmeyer, vem se tornando outra figura importante para a luta de LGBTs no Brasil. Ela assume um grande papel de falar abertamente sobre sua sexualidade. 

Em sua participação no programa da Globo Amor e Sexo, apresentado por Fernanda Lima, a atriz comenta: “Eu acho que é um ato político. Porque eu, como mulher e dentro da caixinha que assumo eventualmente como mulher lésbica, como mulher sapatão… eu não sou só isso. Eu sou uma pessoa livre e, às vezes, nem tão mulher, eu sou o que eu quiser”. 

Desde o final de 2016 Bruna está namorando com Priscilla Visman, mas seu relacionamento só foi assumido em março de 2017. Ao assumir, a atriz passou a receber diversos ataques homofóbicos, mas isso só funcionou como incentivo para falar mais sobre o assunto.

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Bruna vem marcando presenças em Paradas LGBTQs, no ano passado foi na de Nova Iorque. Em seu instagram, ela comentou sobre a experiência: "Me arrepia cruzar olhares com as fanchas nesses dias que rondam a parada LGBTQIA+ aqui em Nova York. Me alegra encontrar as fanchas sempre, em qualquer lugar. A troca de sorrisos, um 'estamos juntas' no olhar, a sensação de pertencimento que dá coragem, amor, esperança. Ver a comunidade LGBT+ na rua, pertencendo, dançando, celebrando nossas vidas é muito, muito bonito. E mais bonito ainda é ver tudo isso com essa trupe da foto - que honra estar entre vocês. Que foda ver junto e caminhar junto.”